04 de Novembro

PROGRAMAÇÃO – 04 DE NOVEMBRO

LOCAL: Sala Walter da Silveira
R. Gen. Labatut, 27 – Barris.

15:00. SESSÃO DE ABERTURA

1. Custos.
Documentário, 20 min, Brasil, 2018, Livre. Direção: Marilene Ribeiro.

Sinopse: Em resposta ao investimento dos últimos anos na construção de grandes hidrelétricas como solução para o crescimento econômico ‘sustentável’ do Brasil, CUSTOS aborda as transformações que tais empreendimentos ocasionam no ambiente local e nas pessoas que ali vivem. Moradores das regiões atingidas por três projetos de hidrelétricas – Sobradinho (Bahia, 1971-1978), Belo Monte (Pará, 2011-em construção) e Panambi (Rio Grande do Sul, planejada para ser construída em um futuro próximo) – desenham, cantam e falam sobre suas percepções acerca das situações vividas em depoimentos emocionados que discorrem sobre a imaterialidade dos custos envolvidos em tais obras. CUSTOS é uma reflexão sensível sobre violações, sobre o colapso da natureza, sobre identidade e memórias, agora submersas, porém vivas.

2. Monólogo Ao Pé do Ouvido.
Video-Performance, 02 Min, Brumadinho/MG, 2019, Livre. Realização: Francisco Pereira e Daniel Bretas.

Sinopse: SOBRE TRAGÉDIAS ESPERADAS, NÃO-EVITADAS.

O medo dá origem ao mal
O homem coletivo sente a necessidade de lutar
O orgulho, a arrogância, a glória
Enche a imaginação de domínio
São demônios os que destroem o poder
Bravio da humanidade.

Chico Science, “Banditismo Por Uma Questão de Classe”, 1994.

3. LAMA: O Crime Vale no Brasil.  A tragédia de Brumadinho.
Documentário, 77 Min, Brumadinho/MG. 2019, Direção: Carlos Pronzato e Richardson Pontone.

Sinopse: No dia 25 de janeiro de 2019, a barragem do Córrego do Feijão rompe em Brumadinho, espalhando um mar de lama pela região. A barragem pertencia à mineradora Vale S.A. Desde o episódio uma equipe esteve entre estradas, ruas e lama para registrar o cenário e captar as vozes que nos curtos intervalos dos helicópteros enunciaram seu testemunho da tragédia. Este documentário de intervenção política foi produzido de forma independente, trazendo mais de 50 entrevistas com especialistas no assunto, moradores da região, militantes de movimentos sociais e representantes de órgãos oficiais, além de materiais relacionados com o episódio, reunidos minuciosamente.

Homenagem ao cineasta Carlos Pronzato.

CLASSIFICAÇÃO – LIVRE

 

17:30. SESSÃO MARGINAL I

1. Linhas Tortas.
Documentário, 07 Min, Curitiba/PR, 2019, Livre. Direção: Flora Suzuki e Grazi Labrazca.

Sinopse: Caminhos e descaminhos de uma profissão degradada. Trabalhadores que procuram fazer florescer em ruínas institucionais.

2. Arquitetura dos que habitam.
Experimental, 05 min, Vitória/ES, 2018, Livre. Direção: Daiana Rocha.

Sinopse: O cotidiano, tempo e detalhes de um lugar ocupado por pessoas.

3. Parque Oeste.
Documentário, 70 min, Goiânia/GO, 2018, 12 anos. Direção: Fabiana Assis.

Sinopse: Depois de ser vítima de violência do Estado, em Goiânia, Brasil, uma mulher reconstrói sua vida, transformando seu luto em luta.

CLASSIFICAÇÃO – 16 ANOS

 

19:30. SESSÃO CINEMAS NEGRAS: A ESTÉTICA DO CINEMA NEGRO FEMININO CONTEMPORÂNEO

1. Ando feito nuvem.
Experimental, 04 min, João Pessoa/PB, 2018, Livre. Direção: Carine Fiuza.

Sinopse: Como nuvem levada pelo vento, sempre em curso, carrega em si a leveza do ar e a foça de Iansã. É capaz de lavar a terra e revolver os mares. Uma mulher negra é vento, é nuvem, é tempestade e revolução…

2. Motriz.
Documentário, 15 min, Salvador/BA, 2018, Livre. Direção: Tais Amordivino.

Sinopse: Apesar dos olhos d’agua, Bete carrega consigo um sorriso largo que entrelaça a dor, o afeto e a saudade das filhas.

3.Sem Asas.
Ficção, 20 min, São Paulo/SP. 2019, Livre. Direção: Renata Martins.

Sinopse: Zu é um garoto negro de doze anos. Ele vai à mercearia comprar farinha de trigo para a sua mãe e, na volta pra casa, descobre que pode voar.

4. Cabeças Falantes.
Documentário, 20 min, Campinas/SP, 2017. 10 anos. Direção: Natasha Rodrigues.

Sinopse: O curta-metragem Cabeças Falantes retrata a vivência de jovens negros(as) em uma universidade pública. Numa mistura de situações ficcionais com entrevistas, o documentário representa uma forma de inadequação social que aparenta ser sutil externamente, mas que explode internamente nas cabeças desses sujeitos. De maneira sensível, o filme traz um pesado conflito entre vozes de preconceitos e estigmas e o desejo de ocupar o espaço universitário.

5. Francisca.
Experimental, 10 min, Rio de Janeiro/RJ, 2018, 14 anos. Direção: Mariane Duarte e Luandeh Chagas.

Sinopse: Francisca, conhecida historicamente como Xica da Silva, cansada de ouvir tantos equívocos espalhados sobre sua vida retorna em pleno século 21 para contar sua própria história.A personagem ganha vida através dos corpos de diversas mulheres negras que se identificam com sua trajetória e luta. E que, por respeito a memória e ancestralidade da diáspora africana,questionam os estigmas impostos por estudiosos sobre Francisca.

6. Benguê.
Experimental, 18 min, Rio de Janeiro/RJ, 2018, Livre. Direção: Monique Rodrigues.

Sinopse: Benguê é um documentário experimental que ilustra a relação entre a literatura negra e os sentimentos de ancestralidade para uma população afrobrasileira.

7. Odò Pupa.
Documentário, 20 min, Salvador/BA, 2018, Livre. Direção: Carine Fiuza.

Sinopse: A fala, a imagem, as estatísticas e a repetição tudo comunica, mas pra quem se vocês dão as costas para os motivos pelos quais nossos filhos estão morrendo? Odò Pupa, rio vermelho que flui para Atlântico e testemunha nossa diáspora.

Bate papo com a cineasta Marise Urbano

CLASSIFICAÇÃO – 14 ANOS