Cine Horto

PROGRAMAÇÃO – 19 DE OUTUBRO

LOCAL: Galpão Cine Horto
R. Pitangui, 3613 – Horto.

18:30. SESSÃO MARGINAL XVII

1. Cuscuz Peitinho.
Ficção, 15 min, Natal/RN, 2016, 14 anos. Direção: Rodrigo Sena e Julio Castro.

Sinopse: Karol, 27 anos, sempre esteve aos cuidados da tia conservadora. Em sua ausência ele permite se descobrir com a ajuda de um novo amigo.

2. Clandestyna.
Documentário, 22 min, Rio de Janeiro/RJ, 2018, 16 anos. Direção: Duca Caldeira

Sinopse: Um dos projetos finais do LAB NEM, iniciativa que possibilita a participação de pessoas trans no audiovisual, CLANDESTYNA apresenta Dayo, Piranhafudida e Ducarallho. Três travestis pretas da Baixada Fluminense, que recorrem a arte para sobreviver ao país que mais mata transvestigeneres no mundo.

3. Eu não nasci pra ser discreta.
Experimental, 15 min, São João de Meriti e Rio de Janeiro/RJ, 2018, 16 anos. Direção: Alek Lean.

Sinopse: Jovens descendentes de negros, japoneses, índios e judeus, falam como é difícil ser afeminado num mundo machista até mesmo no meio LGBTQ onde há certa exigência em ser discreto para poder se relacionar afetivamente e ter uma boa convivência na sociedade em geral. Ao desfilar com trajes de mulher eles mostram que ser feminino não é ser inferior. Afirmação na maquiagem indica momentos difíceis e outros de orgulho para as etnias: O triangulo rosa da era nazista, círculos de guerra indígenas, pintura tribal afro e lábios de gueixa. Com suas declarações eles acreditam estar lutando por seus direitos humanos que são liberdades básicas, que devem ser garantidos a todos os cidadãos, de qualquer parte do mundo.

4. Lyz Parayzo Artista do Fim do Mundo.
Documentário, 15 min, Rio de Janeiro/RJ e Foz do Iguaçu/PR, 2017, 14 anos. Realização: Fernando Santana e Lyz Parayzo. Sinopse: Documentário independente idealizado por Fernando Santana, aluno de LAMC da Universidade Federal da Integração Latino-Americana.
Gravada no Rio de Janeiro, a obra acompanha o inicio da trajetória artística de Lyz Parayzo, artista visual que através de suas obras e performances, coloca em discussão qual o espaço da arte em um corpo não binário provindo da periferia. Lyz, tem o corpo como principal suporte de trabalho e sua performatividade diária como plataforma de pesquisa revelando o descompasso entre o que se diz, o que se faz, o discurso e a prática. Pela falta de autorização, pela intromissão, pela inclusão não desejada, questionando a escola livre que não permite se libertar, a galeria de arte que não inclui o não vendável, o espaço institucional que assimila a transgressão desde que já incorporada pelo sistema.

CLASSIFICAÇÃO – 16 ANOS

 

20:00. SESSÃO MARGINAL XVIII

1. Bicha-bomba.
Documentário, 08 min, Curitiba/PR, 2019, Livre. Direção: Direção: Renan de Cillo.

Sinopse: Este filme “não é capaz de vingar as mortes, redimir os sofrimentos, virar o jogo e mudar o mundo. Não há salvação. Isso aqui é uma barricada! Não uma bíblia”.

2. Megg – A Margem que Migra para o Centro.
Documentário, 15 min, Curitiba/PR, 2018, Livre. Direção: Larissa Nepomuceno Moreira e Eduardo Sanches. Sinopse: Megg Rayara derrubou barreiras para chegar onde chegou. Para ela, seu diploma é um marco importante de uma luta não só pessoal mas, sim, coletiva. Pela primeira vez no Brasil, uma travesti negra conquista o título de Doutora.
É a margem que migra para o centro, levando toda sua história consigo. 3. TransForma.
Documentário, 63 min, Rio de Janeiro/RJ, 2018, 12 anos. Direção: Agatha Sampaio e Beatriz Rosa Estrela. Sinopse: Sem acesso à educação e ao se deparar com as barreiras erguidas e solidificadas pelo conservadorismo em constante ascensão, a população trans enfrenta obstáculos muitas vezes intransponíveis para ocupar lugares do cotidiano e acessar o mercado formal de trabalho. O filme busca a voz de quem sofre com opressões corriqueiras, já institucionalizadas na sociedade e reproduzidas dentro dos espaços onde, presumidamente, deveria ser fomentada a inclusão: as escolas. Questões triviais como o uso do banheiro, do uniforme escolar e do próprio nome parecem invisíveis para pessoas que não se deparam com certas dificuldades no dia-a-dia, porém são fundamentais para a construção desses indivíduos e seu estar no mundo. A rede de afeto das pessoas trans na maioria das vezes fica circunscrita a essa população, já que não encontra diálogo com outros segmentos da sociedade em função dos estigmas aos quais foram limitados. Por viver em constante fragilidade, não dispõe das ferramentas para oferecer suporte às suas necessidades básicas. Ao acompanhar a história oral de vida desses indivíduos, fica claro que ainda há um largo percurso até que um mundo mais acolhedor para todos seja uma realidade.

CLASSIFICAÇÃO – 12 ANOS